Não sei quem es tu
que um dia pensei conhecer.
Dentro de ti habitam vários seres:
alguns abraçam a vida ao amanhecer,
outros matam sonhos antes do anoitecer.
Nunca sei com qual deles encontrarei
mas não tenho dúvidas que me ferirei.
Certo é que ficarei com meus prantos
num soluçar amargo de desencantos.
Fecho-te agora as portas da minha companhia
com a chave que me deu de esperança vazia.
Não permitirei mais que semeies
fartos campos de desilusão,
nem plante tuas amarguras no jardim que há no meu coração.
Retiro-me em silêncio, neste momento.
Jogo a toalha da paciência no mar
de tentativas de te entender
pois não sei quem és e
não quero mais te conhecer.
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